FutsaL.Manta: DEFESA

Conteúdo gentilmente cedido pelo Prof. Adil Amarante.

MODELOS DE JOGO

“ TER A CONVICÇÃO QUE O RESULTADO DESPORTIVO PODE NASCER DO IMPROVISO É IGNORAR OS OBJECTIVOS E CONHECER O INSUCESSO ”

“ INDEPENDENTEMENTE DAS METAS A QUE SE PROPÕE CADA EQUIPA NO INICIO DE UMA ÉPOCA DESPORTIVA, TERÁ QUE EXISTIR UM TRABALHO PROGRAMADO QUE ORIENTE O PROCESSO DE TREINO DESDE O SEU COMEÇO ATÉ AO FINAL “

Modelo do treinador

Modelo de jogo adoptado

Principios de Jogo - Organizações Estruturais - Organização Relacional

| | |

Ofensivo Sistemas de jogo ofensivos Articulação dos principios de jogo

Defensivo - 1.4.0 ( linguagem táctica comum )

Transições : - 1.3.1

Defesa – Ataque - 1.2.2

Ataque – Defesa - Guarda-redes Avançado e

suas variações

Sistemas de jogo defensivos

- 2.1.1.1

- 1.2.1.1

- 2.2.1

MODELOS DE JOGO DEFENSIVO

MODELOS DEFENSIVOS

PRESSÃO ALTA em Y

_________________ |_____________________

| |

Principios Sub-Principios

| |

- Roubar a bola o mais longe da nossa baliza - CONDICIONAR o adversário

- Atitude agressiva - Procurar igualdade numérica

- Constante comunicação entre-linhas - Procurar superioridade numérica

- Pressão eficaz sobre as linhas de passe. - 1ª linha pressiona sempre por fora

- Pressão colectiva (1ª e 2ª linhas, próximas). (fechando a lateral),levando a bola
- A bola é que determina o nosso posicionamento. para a AJUDA.

- Trocas de marcação no sentido longitudinal - A PRESSÃO à linha de passe para
e latitudinal. a busca pelo meio, é feita pelo homem da

1ª linha da ala oposta;

- A COBERTURA é feita pelo homem da

2ª linha.

                                                                                    - A 2ª linha é responsável pela
                                                                                      COMUNICAÇÃO com os homens da
                                                                                      1ª linha, em caso de busca pelo meio.

Fig. 1

Direccionar o adversário (fechar o meio);
Pressionar na ala sempre por fora, levar a bola para a ajuda;

Fig.2

Fig.3

Corte na paralela/diagonal fica para a cobertura do homem da 2ª linha após comunicação (FICA);
Pressão sobre a linha de passe para a ala contrária vem do homem da ala oposta à bola;
Procurar igualdade ou superioridade numérica na 1ª linha;

Fig. 4

Fig. 5

Direccionar o adversário (fechar o meio);
Pressionar na ala sempre por fora (fechar a lateral), levar bola para a ajuda (igualdade)

Fig. 6

Fig.7

Existe uma linha de passe entre as nossas linhas;
Homem da 2ª linha comunica com o homem da ala oposta à bola (BUSCA);

Fig. 8

Fig. 9

Pressão à linha de passe para a BUSCA é feita em forma de cobertura pelo homem da 1ª linha da ala oposta à bola, com ajuste pelo homem da 2ª linha para não deixar virar;

Fig. 10

Fig. 11

Direccionar o adversário (fechar o meio);
Pressionar na ala sempre por fora (fechar a lateral), levar bola para a ajuda (igualdade);

Fig. 12

Fig. 13

Existe uma linha de passe entre as nossas linhas;
Homem da 2ª linha comunica com o homem da ala oposta à bola (BUSCA);

Fig. 14

Fig.15

Pressão à linha de passe para a BUSCA é feita em forma de cobertura pelo homem da 1ª linha da ala oposta à bola, com ajuste pelo homem da 2ª linha para não deixar virar.

Fig.16

Direccionar o adversário (fechar o meio);

Fig. 17

Fig. 18

Existe uma linha de passe entre as nossas linhas;
Homem da 2ª linha comunica com o homem da ala oposta à bola (BUSCA);

Fig. 19

Fig. 20

Pressão à linha de passe para a BUSCA é feita em forma de cobertura pelo homem da 1ª linha da ala oposta à bola, com ajuste pelo homem da 2ª linha, para não deixar virar.

Fig. 21

Bola entra na ala entre-linhas, o homem da 3ª linha vai fazer 2x1 com o homem da 1ª linha da mesma ala, enquanto que o homem que anula a linha de passe para a busca, fecha a saída da bola e o homem que estava na 2ª linha passa a fazer a 3ª ;

Fig. 22

Fig. 23

MODELOS DEFENSIVOS

DEFESA LOSANGO 1.2.1.1

____________________|___________________

| |

Principios Sub-Principios

| !

- Utilizada sobre o meio campo; - CONDICIONAR o adversário;

- Atitude AGRESSIVA; - Procurar IGUALDADE numérica;

- Constante COMUNICAÇÃO entre-linhas; - Procurar SUPERIORIDADE numérica;

- Constante PRESSÃO ao portador da bola; - Na ala, pressionar sempre por fora (fechar

- PRESSÃO eficaz sobre as linhas de passe; a lateral) levar a bola para a AJUDA;

- Pressão COLECTIVA (1ª, 2ª E 3ª linha); - O corte de linha de passe para o fixo, é

- A bola é que determina o nosso posicionamento; feita pelo homem da nossa 1ª linha;

- Trocas de marcação comandadas pelos homens - A COBERTURA é feita pelo homem da

de trás; 2ª linha da ala oposta à bola;

- Cortes na DIAGONAL para a cobertura (na ala oposta) cortes na PARALELA para
o fixo;

Direccionar (pressão para a igualdade);
Pressionar na ala sempre por fora (fechar a lateral),levar a bola para a ajuda (igualdade);

Fig. 24

Fig. 25

Fig. 26

Fig. 27

Corte na DIAGONAL fica para a COBERTURA da ala oposta, após comunicação (FICA);

Fig. 28

Fig. 29

Direccionar (pressão para a igualdade);

Fig. 30

Fig. 31

Pressionar na ala sempre por fora (fechar a lateral),levar a bola para a ajuda (igualdade);
COBERTURA vem do homem da ala oposta à bola;
Corte na PARALELA fica o fixo, após comunicação (FICA);

Fig. 32

Fig. 33

Direccionar (pressão para a igualdade);

Fig. 34

Fig. 35

Pressionar na ala sempre por fora (fechar a lateral),levar a bola para a ajuda (igualdade);

Fig. 36

COBERTURA vem do homem da ala oposta à bola;

Fig. 37

Corte na PARALELA fica o fixo e na DIAGONAL para a ala oposta, após comunicação (FICA).

Fig. 38

“ OS BONS ATAQUES GANHAM JOGOS, AS BOAS DEFESAS GANHAM

CAMPEONATOS “

Prof. Jorge Araújo

Autor : Prof. José Adil Amarante

Licenciado em Educação Fisica

Pós Graduação em Ciências do Desporto

Treinador de Futsal

Actual treinador do Nagoya Oceans

DEFESA

Conceito - Entende-se por Acção Defensiva, toda a acção técnica especifica de defesa executada por um jogador durante o jogo, na tentativa de não permitir que o oponente obtenha sucesso nas suas acções ofensivas (passes, movimentações e remates à baliza), ou seja, faça golo.

Chama-se Sistema Defensivo à coordenação das acções defensivas dos jogadores de uma equipa e seu posicionamento colectivo em campo.

LINHA DE DEFESA ou MARCAÇÃO – Pode-se considerar uma linha imaginária paralela à linha de baliza a partir da qual a equipa que defende pressiona o portador da bola.

Linha 1 – Será uma linha imaginária paralela à linha de baliza que passa na marca dos 10 M no meio campo adversário. Apropriado a uma defesa de pressão alta.

Linha 2 – Uma linha imaginária tangente ao circulo central ainda no meio campo adversário e paralela à linha de baliza.

Apropriado a uma postura de observação e estudo da equipa adversária.

Linha 3 – Uma linha imaginária paralela à linha de baliza que passa na marca dos 10 M no meio campo defensivo. Apropriado a uma postura de espera, apostando em acções ofensivas de transição.

Fig. 1

LINHAS DEFENSIVAS – São linhas imaginárias paralelas à linha de baliza, definidas pelo posicionamento dos jogadores dentro de um sistema defensivo.

Fig. 2 Linhas da defesa em losango

Fig. 3 Linhas da defesa em quadrado

LINHA DA BOLA – É uma linha imaginária paralela à linha de baliza tirada do ponto onde se encontra a bola.

Fig. 4

ACÇÕES DEFENSIVAS COLECTIVAS

Nas Acções Defensivas Colectivas, apenas vou abordar a Defesa à Zona e a Defesa Individual.

Na Defesa por Trocas, tendo em conta que se trata de um misto da Defesa à Zona e Defesa Individual (HxH) e, face à dinâmica do jogo as trocas defensivas estão sempre a acontecer em qualquer dos dois tipos de defesa, o que é importante é a equipa dominar tacticamente os dois sistemas de modo a estar confortável em todas as situações de jogo, por isso mesmo, não vou aborda-la.

Na Defesa à Zona há vários sistemas mais ou menos estáticos, pouco dinâmicos, defesa em quadrado, defesa em Y, defesa em losango, mas não vou falar sobre nenhum deles, como o jogo é dinâmico vou falar sobre um sistema de defesa à zona que abrange um pouco de todos, consoante a posição da bola e sistema ofensivo adversário.

DEFESA À ZONA –

O sistema de marcação à zona, consiste em atribuir a cada jogador da equipa, uma zona definida e defender, com a incumbência de ocupa-la e defende-la integralmente.

Neste tipo de marcação, a oposição é exercida sobre o jogador contrário directo, quando ele penetra na zona confiada ao defensor, sem que, no entanto, este seja obrigado a acompanha-lo fora dela.

Como a marcação é exercida sobre a bola, devem em qualquer circunstância todos os jogadores estar sempre atrás da linha da bola.

Existem vários Sistemas Defensivos à zona, em QUADRADO, em Y ou FUNIL e em LOSANGO, como todos eles são muitos estáticos, muito estanques e o jogo sendo dinâmico, pede, obriga a muitas trocas de posicionamento dos jogadores, vou só falar do Sistema de Defesa em Quadrante, por ser dinâmico e abrange um pouco de cada um dos outros.

Aspectos a ter em conta:

Positivos: - Mais eficaz perante equipas que têm défice de rematadores de meia-distância.

- Reduz o número de faltas.

- Menor desgaste físico. Adequada a equipa com jogadores lentos ou mal preparada fisicamente.

- Numa Linha de Defesa recuada, ocupa-se melhor os espaços.

- Favorece as transições.

- Boas coberturas.

Negativos: - Menor eficácia contra equipas com bons rematadores de meia distância.

- Menor eficácia numa situação de desvantagem no marcador e de procura de inversão do resultado.

- Menor eficácia contra equipas que trocam a bola muito rápido, ou seja, que dão velocidade ao jogo.

- Menor eficácia a defender em pressão alta.

Fig. 5

Este quadro mostra as linhas imaginárias que delimitam as zonas defensivas de cada jogador.

A partir da Linha de Defesa definida, dividimos o campo em 4 partes (o nº. de jogadores de campo). Chama-se a cada 4ª parte, QUADRANTE.

Os espaço criados pelas linhas verdes ( 4 triângulos), são os espaços a defender por cada jogador perante um ataque no Sistema 3:1, os espaços criados pelas linhas pretas (4 quadrados), são espaços a defender perante ataques nos Sistemas 4:0 e 2:2.

Como é óbvio e dentro da dinâmica do jogo, as linhas não são muros intransponíveis, são meras referências espaciais para os jogadores dentro do Sistema colectivo, em determinado momento haverá necessidade de ajustar o posicionamento individual de modo a não se perder eficácia defensiva (sair um pouco do quadrante).

Defesa em Quadrante

Fig. 6

Conforme se pode verificar a equipa atacante está no Sistema Ofensivo 3:1 e

a equipa defensora posiciona-se nos Quadrantes Triangulares.

Mais à frente, na Defesa Individual, veremos que o posicionamento é exactamente o mesmo.

Fig. 7

Fig. 8

Nos quadros supra, embora o fixo tenha feito passe para a ala e tenha havido deslocação

dos defensores, como o ataque continua no Sistema Ofensivo 3:1, a equipa que defende continua a utilizar os Quadrantes Triangulares.

Como o jogo é colectivo, na acção individual defensiva deve estar sempre presente o posicionamento global da equipa, pois o sistema é o conjunto das acções individuais.

Se analisar-mos o posicionamento colectivo da equipa relativamente ao portador da bola, veremos que é igual ao posicionamento da equipa no Sistema Defensivo Individual, a única diferença está nas acções defensivas individuais dos jogadores, uns acompanham a marcação, os outros não.

Fig. 9

Fig.10

Fig. 11

Nos quadros nºs. 9, 10 e 11 o ataque que estava a ser efectuado através de uma Circulação 3:1 passa a 2:2, através do Ala (4) afundar e o Fixo (3) de posse de bola ocupar a sua posição.

Conforme se pode verificar pelo posicionamento colectivo, a equipa defensora que estava a utilizar os Quadrantes triangulares, passou a defender nos Quadrantes quadrados, uma vez que o ataque é no Sistema 2:2.

Fig. 12

Fig. 13

Fig. 14

Nos quadros nºs. 12, 13 e 14 o ataque que estava a ser efectuado numa Circulação 3:1 passa a 2:2, com passe do Fixo (3) para o Ala (2) e entrada na diagonal para a ala contrária onde está o Pivot (5).

Conforme se pode verificar pelo posicionamento colectivo, a equipa defensora passou a defender nos Quadrantes quadrados uma vez que o ataque é através do Sistema 2:2.

Fig. 15

Fig. 16

Fig. 17

Nos quadros nºs. 15, 16 e 17 o ataque que estava a ser efectuado numa Circulação 2:2 passa a 4:0, com o ala (2) de posse de bola a ganhar o meio, bem como o outro ala (4),

os jogadores nºs. 3 e 5 chegam em apoio pelas alas.

Conforme se pode verificar pelo posicionamento colectivo da equipa defensora, continua a utilizar os Quadrantes quadrados para defender o ataque em 4:0.

Fig. 18

Fig. 19

Os quadros nºs. 18 e 19 mostram uma acção individual de drible do ala atacante (2) sobre o defensor nº. 4, conseguida com êxito e a forma como deve ser defendida.

O jogador defensor nº. 3 que está a fazer a cobertura defensiva ao jogador defensor (4) marcador do portador da bola, sai em ajuda e passa a marcar, o jogador defensor ultrapassado (4) em retorno defensivo passa a fazer cobertura ao colega.

Uma vez que a linha da bola avançou e toda a equipa deve defender atrás da linha da bola, houve que ajustar posições do Pivot (5) e do Ala (2) contrário.

Defesa "Situação de Expulsão"

Na prática duas opções se colocam para defender esta situação especifica de jogo, ou em 2:1 ou 1:2, decompondo, ou dois jogadores a defender na frente e um recuado a fazer as coberturas ou um jogador na frente e dois mais recuados a fazer as coberturas.

Como o mais utilizado e na minha opinião, mais eficaz, apenas abordarei a situação 2:1.

Convém ter atenção que como situação defensiva especifica de jogo que é, é de todo conveniente na altura de a utilizar ter os jogadores mais eficazes em campo, pois requer por parte dos jogadores, agressividade, disponibilidade, cultura táctica e coragem. À que ter os melhores em campo.

Situação de jogo que deve estar muito bem trabalhada, pois é em momentos importantes e decisivos da época ( grande tensão, ansiedade, pressão), que mais acontece.

É aqui que por vezes se ganham ou deixam de ganhar, jogos importantes e decisivos, bem como títulos.

Sistema 2:1

Fig. 20

Fig. 21

Os quadros nºs. 20 e 21, mostram o posicionamento e o balanço da equipa defensora quando a bola está de posse dos atacantes mais recuados e há passe entre eles.

Fig. 22

Fig. 23

Os quadros nºs. 22 e 23, mostram o posicionamento e o balanço da equipa defensora quando a bola entra num ala mais avançado. Nesta situação, duas opções há a tomar, ou uma defesa passiva ou activa, ou seja, ou tentamos criar uma situação de superioridade 2x1 e fazer roubo de bola, ou não.

Na minha opinião, havendo um limite de tempo de 2 minutos, não compensa o risco a equipa ter uma atitude activa na conquista da posse de bola, salvo numa situação de final de jogo e a equipa estar a perder.

Fig. 24

O quadro nº. 24, demonstra o um posicionamento activo da equipa defensora.

Fig. 25

O quadro nº. 25 demonstra um posicionamento passivo da equipa defensora.

Defesa"GR Avançado"

Na prática são utilizados dois sistemas para defender esta situação especifica de jogo, o sistema 2:2 ou em Quadrado ou a Defesa em Quadrante.

Sendo esta uma situação defensiva especifica no jogo, devem jogar os jogadores mais competentes e treinados, pois requer cultura táctica, disponibilidade, espírito de sacrifício e agressividade.

Em Quadrante

Previamente deve estar definida uma Linha de Defesa a partir da qual a equipa defenderá e que deverá ser recuada, pois em situação de inferioridade numérica há que dar poucos espaços entre Linhas Defensivas e nas costas. A equipa deve defender muito junta.

Fig. 26

O quadro nº. 26 exemplifica o posicionamento defensivo a corresponder a um ataque

em 3:2 com a bola de posse do jogador central.

Fig. 27

Fig, 28

Os quadros nºs. 27 e 28 exemplificam o posicionamento e balanço defensivo a corresponder a um ataque no sistema 3:2 com o jogador central a fazer passe para a lateral.

Neste posicionamento o jogador mais adiantado a defender (5), tem por missão cortar a linha de passe de uma ala para outra, de modo a não permitir o desequilíbrio defensivo. O jogador mais recuado na posição central (3) já deve estar posicionado próximo da marcação de distância do pontapé livre de canto, para assim, em caso de passe, poder discutir/estorvar a recepção da bola e esperar pela ajuda defensiva.

O jogador nº. 4 pressiona o portador da bola fechando o meio, dando a ala, convidando assim, o passe pela ala.

O jogador nº. 2 corta a linha de passe na diagonal ao ala contrário.

Fig. 29

O quadro nº. 29 exemplifica a defesa de um passe na ala e o posicionamento e balanço defensivo a tomar. Duas opções poderemos ter, ou temos uma atitude activa ou passiva na conquista da posse de bola.

Aqui, nesta situação especifica de jogo, contrariamente a defender 3x4 (expulsão), sou de opinião que se deve ter uma atitude activa, pela simples razão que não há limite de tempo e não podemos estar eternamente a defender esta situação( que é desgastante), sob pena de sofrer-mos golo.

Fig. 30

O quadro nº. 30 exemplifica o posicionamento da equipa defensora com uma atitude activa, provocando um Triângulo Defensivo com o jogador 3 a chegar no momento da bola junto do jogador, o jogador 4 vem em ajuda e cria uma superioridade numérica defensiva cortando a linha de passe, não deixando devolver a bola e o jogador 5 fecha a possibilidade de passe pelo meio.

O jogador 2 fica em cobertura defensiva.

Fig. 31

Fig. 32

Os quadros nºs. 31 e 32, exemplificam o posicionamento e o balanço da equipa defensora com uma atitude passiva na conquista da posse de bola, perante um passe pela ala.

O jogador 3 pressiona o portador da bola. O jogador 4 corta linha de passe pelo meio e faz cobertura. Os jogadores 2 e 5 fazem cobertura defensiva.

Fig. 33

Fig. 34

Fig 35

Os quadros nºs. 33, 34 e 35, exemplificam o posicionamento e balanço da equipa defensora perante a alteração do sistema atacante de 3:2 para 2:1:2.

O jogador 4 pressiona o portador da bola, fecha a linha de passe pelo meio e dá a ala.

O jogador 3 posiciona-se próximo do seu jogador na ala.

O jogador 2 faz marcação ao jogador atacante do meio e o jogador 5 corta linha de passe ao meio. (o jogador do meio fica emparedado).

Fig. 36

Fig. 37

Os quadros nºs. 36 e 37, exemplificam o posicionamento e balanço da equipa defensora quando há passe de ala para ala a defender o Sistema 2:1:2.

Fig. 38

O quadro nº. 38, exemplifica o posicionamento da equipa defensora a defender 3:1:1, uma posição atacante pouco habitual.

Em Quadrado ou 2:2-

Fig. 39

O quadro nº. 39, exemplifica o posicionamento da equipa defensora perante um ataque em 3:2 com o jogador do meio como portador da bola.

Fig. 40

Fig. 41

Os quadros nºs. 40 e 41, exemplificam o posicionamento e balanço da equipa defensora após passe para a lateral, continuando a defender um ataque com posicionamento em 3:2.

Fig. 42

O quadro nº. 42, exemplifica o posicionamento e balance da equipa defensora após passe para a ala, ainda a defender um posicionamento atacante em 3:2.

Uma de duas opções há que tomar, ou defender de uma forma passiva ou de forma activa.

Fig. 43

O quadro nº 43, exemplifica a opção de forma activa, o jogador nº 3 pressiona o portador da bola, o jogador nº 5 corta linha de passe não deixando devolver e cria uma situação de superioridade numérica 2x1 e o jogador nº 4 vem fazer o triângulo defensivo fechando a linha de passe ao meio.

O jogador nº 2 fica em cobertura defensiva.

Fig. 44

O quadro nº. 44, exemplifica se a opção for passiva, o jogador nº 3 pressiona o portador da bola, o jogador nº 5 faz cobertura e corta linha de passe ao meio, os restantes jogadores ajustam o posicionamento de cobertura.

Fig. 45

O quadro nº 45, exemplifica o posicionamento da equipa defensora perante um ataque em 2:1:2 com um ala recuado como portador da bola.

Fig. 46

Fig. 47

Os quadros 46 e 47, exemplificam o posicionamento e balanço da equipa defensora perante um ataque em 2:1:2 com passe entre os alas recuados.

EXERCÍCIOS DE TREINO

Objectivo: Criar rotinas de corte de linha de passe e criação do triângulo defensivo.

Formação : Um grupo de quatro jogadores dispôem-se em forma de quadrado junto aos cones de forma estática (não há trocas de lugar) e de posse de bola vão trocando a bola, outro grupo de três jogadores fica dentro do quadrado formado e sem fazer roubo de bola, vão cortando linhas de passe e formando o triângulo.

Fig. 48, 49, 50, e 51.

Fig. 48

Fig. 49

Fig. 50

Fig. 51

Objectivo : Rotinar o posicionamento da defesa à zona perante diversos tipos de ataque.

Formação : Um quadrado de pequenas dimensões delimitado por 4 cones.

Duas equipas, uma de posse de bola vai trocando trocando a bola ( a bola é jogada com as mãos), a outra que defende vai definindo o posicionamento.

1) – De inicio, a troca de bola será de forma lenta, de forma a que os jogadores assimilem os posicionamentos. Quem ataca não troca de posições.

2) – Após algum tempo, a troca de bola será feita com mais velocidade ( sempre com as mãos) e poderá haver troca de posições entre a equipa de posse de bola.

3) – Aumentar as dimensões do quadrado (espaço do exercício) e executar o mesmo exercício, agora trocando a bola com os pés e a equipa que defende continua a definir o posicionamento.

No seu movimento, a equipa de posse de bola deve ter posicionar-se de acordo com os sistemas de jogo ofensivos (3:1, 2:2,4:0), de modo a que a outra equipa defina todas as posições.

Após algum tempo, as equipas trocam de função.

Fig. 52

Fig. 53

Fig. 54

Fig.55

DEFESA INDIVIDUAL (HxH) –

Conforme o nome indica e ao contrário da Defesa à Zona, a marcação é no homem e não na bola, embora o posicionamento colectivo da equipa relativo à bola, deva ser coordenado e tenha de estar quase sempre presente, dependendo se se defende em Pressão Total ou com Vigilâncias.

Neste tipo de defesa, cada defensor preocupa-se com o adversário que está a marcar.

Ao contrário do que parece, a realização da Defesa Individual é de grau elevado de dificuldade, pois requer uma boa condição física, jogadores determinados que defendam bem e concentração absoluta no jogo.

Este tipo de marcação, tem como objectivo principal a recuperação rápida da posse de bola, provocando o erro, ganhando intercepções ou roubos de bola, para a partir daí, conforme as situações de jogo, atacar através de contra ataque ou ataque planeado.

Todos os jogadores devem ter consciência, que depois de definida este tipo de defesa pelo treinador a aplicar no jogo, devem de acompanhar o seu adversário directo em todas as suas movimentações.

A dinâmica do jogo exige a troca de marcações no decorrer do mesmo, estas deverão ser muito rápidas e coordenadas.

Aspectos a ter em conta :

Positivos - Adapta-se a qualquer sistema ofensivo.

- De fácil assimilação.

- A sua prática responsabiliza individualmente o jogador e potencia as suas

aptidões.

- Indicado quando nos apercebemos que a equipa adversária tem défice físico.

- Indicado quando nos apercebemos que a equipa adversária tem dificuldade em sair a jogar da sua defensiva.

- Indicado quando estamos em desvantagem no marcador e precisamos de inverter a situação.

Negativos – É preciso ter boa condição física para a sua prática.

- Ter jogadores determinados e agressivos.

- Exige o máximo de concentração e o mínimo de erros.

- Potencia um número de faltas elevado.

DEFESA INDIVIDUAL (H x H ) C/ VIGILÂNCIAS –

Sendo uma defesa individual, por via da marcação recorrer às vigilâncias, existem coberturas, ajudas e cortes de linha de passe e, ainda, a preocupação do posicionamento colectivo quanto à posição da bola. Como veremos, com uma Linha de Defesa recuada, linha 2, o seu posicionamento colectivo é idêntico ao da Defesa à Zona.

Defesa Individual (HxH) c/Vigilâncias – Passiva

Diremos Passiva no sentido em que não existe uma atitude activa para a conquista da posse de bola com a criação de situações de superioridade nas alas de 2x1 porque, dado que a equipa adversária joga no Sistema 3:1 declarado e tem um pivot de grande qualidade é necessário cortar muito bem as linhas de passe pelo meio, havendo grande preocupação com as coberturas e ajudas.

Fig.56

Fig.57

Fig.58

Fig.59

Fig.60

Os quadros 59 e 60 exemplificam a alteração de sistema ofensivo da equipa atacante de 3.1 para 2.2 com a entrada do fixo (3) através de sobreposição no ala (4) de posse de bola. No posicionamento defensivo final o ala dto.(2) pressiona o portador da bola, o pivot (5) acompanhou o movimento do fixo contrário e marca próximo, o ala esq.(4) ajusta a marcação através de vigilância, faz cobertura ao ala e pode ser a primeira ajuda se a bola entrar no pivot. O fixo (3) continua na marcação ao pivot contrário.

Defesa Individual (HxH) c/Vigilâncias – Activa

Aqui, a preocupação é a reconquista rápida da posse de bola através de intercepções, roubos de bola ou criação de situações de superioridade 2x1 nas alas.

Fig.61

Fig.62

Defesa Individual (HxH) c/Vigilâncias - Pressão Alta

Fig.63

Fig.64

Fig.65

Os quadros 63, 64 e 65 mostram a equipa atacante em saída de pressão e o balanço defensivo da equipa que pressiona.

O jogador 5 acompanhou a entrada na diagonal do fixo (3) e ficou a fazer marcação em vigilância, bem como, cobertura ao ala (2) pressionante do portador da bola e corta a linha de passe pelo meio ao pivot (5), este por sua vez, pressiona o portador da bola fechando a ala e dando o meio.

O ala (4) faz marcação com vigilância ao ala (2) contrário cortando-lhe a linha de passe.

O fixo (3) continua na marcação ao pivot (5) adversário.

DEFESA INDIVIDUAL (H x H) - Pressão Total

Conforme o nome indica, é a marcação individual pura e dura, não há cortes de linha de passe, não há coberturas e só há ajuda se o colega for ultrapassado, aí sim porque somos uma equipa e temos de fazer a recuperação do equilíbrio defensivo começando na ajuda defensiva, no entanto existem algumas considerações a fazer, não é aconselhável a sua prática logo nos primeiros instantes do jogo, porquê ? Porque a equipa adversária não está desgastada e a sua prática exige que os nossos jogadores estejam todos bem (sem excepção, basta falhar um) e confiantes, costumo dizer que primeiro damos um “cheirinho” para ver como a equipa adversária reage, se tem o trabalho de casa bem feito, depois então, ou continuamos ou recuamos a Linha de Defesa (baixamos a pressão), é importante que os jogadores se sintam confortáveis,sintam que têm ascendente sobre a equipa adversária, pois este Sistema Defensivo pode ser uma faca de dois gumes.

Mesmo sendo Pressão Total se o adversário conseguir sair a jogar, deve a equipa fazer a recuperação defensiva em bloco, ajustar as marcações e voltar a empurrar o adversário.

Duas situações se nos colocam, se a posse de bola está no GR ou não :

Posse de bola no GR –

Nesta situação, deveremos conhecer bem a equipa adversária e saber quais os jogadores mais e menos dotados tecnicamente, para assim, um jogador fechar a linha de passe pelo meio ao pivot e convidar o GR a fazer passe ao jogador menos dotado tecnicamente, para então encostar na marcação total. A escolha do jogador mais limitado tecnicamente, em teoria é o que nos oferece menor risco de poder sair em drible e criar uma situação de superioridade.

Evita também o jogo directo para o pivot, com o consequente desgaste da equipa na recuperação defensiva.

Fig. 66

Fig.67

GR sem posse de bola -

Sabendo que a equipa adversária não pode atrasar a bola ao GR, à que ir pressionando o portador da bola e a equipa subindo no campo de forma abrangente (tipo guarda chuva) até que este faça contenção ou vire as costas e nos dê oportunidade de fazer a pressão em bloco.

Acabados os considerandos defensivos do jogo, em jeito de conclusão, direi que o ideal numa equipa de top será defender individualmente entre a Linha de Defesa 1 e 2 e daí para trás em defesa à zona, requer como é óbvio, muito treino e grande cultura táctica dos executantes.

EXERCÍCIOS DE TREINO

- Correr em duplas pelo campo, ao sinal , um deverá perseguir o outro bem próximo. Ao novo sinal, inverter.

- Em dupla, A perseguirá B que passará por vários obstáculos espalhados pelo campo. Ao sinal, inverter.

- Em dupla, frente a frente realizam deslocação lateral, sendo que A deverá seguir B na sua movimentação, mantendo-se à sua frente como se fosse um espelho. Ao sinal, inverter.

- Trio de jogadores troca a bola no sentido lateral do campo, outros três jogadores fazem acompanhamento individual das movimentações. Ao sinal, troca.

- Em meio campo, duas equipas e um GR, uma ataca e outra defende individualmente. Pode-se aproveitar para treino defensivo e ofensivo, condicionando defensivamente a ausência de coberturas e ajudas e a equipa que ataca ao número de toques na bola ou ao sistema ofensivo. Posteriormente joga-se no campo todo com dois GR.

Páginas

DEFESA